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Newsletter SBPR - Junho de 2021

Atualidades

Já são 32 os países que possuem usinas nucleares em operação comercial

Em dezembro de 2020 a primeira unidade da central nuclear da Bielorrússia unidade foi conectada à rede elétrica do país para o período de teste de operação. Agora, em junho de 2021, foi assinada a licença para a operação comercial da referida unidade. O projeto, design e tecnologia são da empresa russa Rosatom. 

A usina nuclear bielorrussa está localizada nos arredores da cidade de Astravets, a nordeste de Minsk, capital do país e cerca de 26 km da fronteira com Lituânia. A usina contará com dois reatores VVER-1200 com capacidade total de 2.400 MW, que possuem uma combinação de sistemas de segurança ativa e passiva que lhes conferem alta resistência a impactos externos e internos, como por exemplo, resistência a abalos sísmicos e terremotos de até grau 8 na escala MSK. Para saber mais sobre os reatores VVER-1200 e suas características, descrição, performance e sistemas de segurança, clique aqui (informações em inglês).

Este reator VVER-1200 é a primeira unidade Geração III + que a Rosatom constrói fora da Rússia. De acordo com a AIEA, com o início da operação desse reator, já são 32 os países no mundo que possuem usinas nucleares em operação comercial. Para saber mais sobre a situação atual e planos para novos reatores no mundo, clique aqui (informações em inglês).

Fonte: CEIDEN - Plataforma Tecnológica de Energía Nuclear de Fisión -  https://ceiden.com/el-primer-reactor-nuclear-de-bielorrusia-comienza-su-operacion-comercial/

Eventos

Seminário Sobre Irradiação de Alimentos - Tecnologia e Inovação na Mesa dos Brasileiros

Fundada em 1986, a Sociedade Brasileira de Proteção Radiológica é uma entidade técnico-científica sem fins lucrativos que tem por missão promover a difusão de todos os aspectos da proteção radiológica, da segurança nuclear e dos critérios de normatização, não somente no meio científico, técnico e acadêmico, como também na sociedade em geral. 

Nesse contexto, temos a satisfação de  comunicar a realização do “Seminário Sobre Irradiação de Alimentos – Tecnologia e Inovação na Mesa dos Brasileiros”. O evento será promovido pela Sociedade Brasileira de Proteção Radiológica (SBPR), com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio da Escola Nacional de Gestão Agropecuária (ENAGRO), entre os dia 14 e 15 de setembro. O evento é presidido pela Dra. Anna Lucia Villavicencio (foto ao lado), do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares. Integram também o comitê organizador Dra. Denise Levy, da Sociedade Brasileira de Proteção Radiológica, como vice-presidente do evento e Dra. Andréa Figueiredo Procópio de Moura, Superintendente Federal de Agricultura no Estado de São Paulo, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 

A irradiação de alimentos suscita o interesse dos profissionais da indústria e do agronegócio, entretanto, a temática das radiações ainda permanece um mistério para grande parte da sociedade, suscitando dúvidas e medos infundados. Este seminário, que acontecerá na modalidade virtual, tem como meta promover a difusão dos aspectos da proteção radiológica, relativos ao tema, assim como fomentar reflexões e diálogos relativos à compreensão justa das contribuições da irradiação de alimentos no cenário nacional. Por meio de palestras, conferências e mesas redondas, o evento abarcará as áreas da alimentação, agricultura, segurança alimentar e comércio exterior, apresentando aspectos conceituais, sociais, regulatórios, ambientais e econômicos. O tema é de suma relevância, visto que a informação correta, de forma contextualizada e significativa pode incentivar o desenvolvimento tecnológico de nosso país, bem como ampliar as possibilidades de oferta de alimentos no mercado interno, além de tornar o país mais competitivo diante do mercado externo.

O público-alvo inclui profissionais da indústria e do agronegócio; profissionais e estudantes da área de alimentos; técnicos, profissionais e estudantes das áreas de aplicações das radiações ionizantes; servidores dos órgãos reguladores e fiscalizadores do Brasil; diretores e gerentes de empresas envolvidas com o tema. Bloqueie desde já sua agenda, para os dias 14 e 15 de setembro das 8h30 às 18h30. Em breve disponibilizaremos maiores informações sobre programação e inscrições.

 

Entrevista

Treinamento e atualização em proteção radiológica para o público interno e externo

A nossa Newsletter trará mensalmente entrevistas nas diferentes áreas de interesse para os radioprotecionistas. Em junho convidamos o Dr. Pablo Andrade Grossi, responsável pela Divisão de Segurança Nuclear e Radiológica do CDTN.

DENISE LEVY: Dr. Pablo, O que motivou o CDTN a desenvolver cursos de proteção radiológica EAD?

PABLO GROSSI: Com a pandemia de Covid-19 instaurada no ano de 2020 e o fechamento de espaços físicos, o CDTN identificou como necessidade e também uma oportunidade o uso de plataformas de cursos de Educação a Distância (EAD) para promover treinamentos, atualizações e retreinamentos em proteção radiológica tanto para o público interno como também para o público externo ao CDTN e sociedade em geral. Neste intuito, o CDTN promoveu em 2020 uma atualização e complementação de sua Plataforma Moodle de Educação a Distância (EAD) com cursos voltados para a área de Proteção Radiológica e teve um excelente retorno desta ação. Esta nova forma online de entregar conhecimentos em proteção radiológica contemplou melhorias nas formas de acesso, conteúdos e flexibilização do aprendizado. A divisão em módulos independentes voltados ao tema da proteção radiológica permite que o próprio aluno escolha, em função de sua disponibilidade de tempo e interesse nos conteúdos, o curso (ou cursos) que melhor se adequem às suas necessidades de aprendizado e suas rotinas de trabalho, flexibilizando o processo de formação. Além disso, foram feitos aperfeiçoamentos nos conteúdos, na dinâmica de aprendizado interativo e videoaulas. Agora também os cursos são responsivos, ou seja, as telas são compatíveis com diferentes dispositivos além dos computadores e notebooks, como celulares smartphones ou tablets. Os certificados das formações também foram atualizados, e agora têm a nova identidade visual do CDTN.

DENISE LEVY: Quem pode se inscrever  nos cursos de treinamento e retreinamento oferecidos na plataforma online do CDTN? 

PABLO GROSSI: Os cursos são abertos e gratuitos ao público em geral e com emissão de certificados. Esta plataforma EAD possui conteúdos introdutórios e mais avançados voltados ao tema. No curso Introdução à Proteção Radiológica, com carga horária de três horas, profissionais que ainda não tiveram contato com treinamentos afins poderão se familiarizar com os conceitos de energia nuclear, radioatividade, radioproteção e segurança nuclear. De acordo com a Norma CNEN NN 3.01, trabalhadores considerados Indivíduos Ocupacionalmente Expostos (IOE) são público obrigatório dessas formações. Isso porque as atualizações em proteção radiológica devem ser realizadas a cada dois anos por esses profissionais, ou quando for considerado necessário para cada equipe. Com a finalidade de contemplar esses profissionais, a equipe responsável pelos cursos no CDTN elaborou o curso completo de Atualização de Proteção Radiológica, com carga horária de 8 horas. A formação é composta por sete módulos que podem ser acessados de forma independente. São eles: Fundamentos da Física Atômica e Nuclear; Efeitos Biológicos das Radiações; Instrumentação Nuclear e Estatística; Segurança e Proteção Radiológica; Gerência de Rejeitos Radioativos; Transporte de Materiais Radioativos; e, Requisitos Normativos, Licenciamentos e Certificação de Profissionais. Os alunos e alunas que optarem focar em temas específicos, módulos do curso completo, poderão se matricular nos subcursos com carga horária de 2 horas cada. Esses cursos por módulos específicos também são válidos para atendimento aos requisitos de treinamento e atualização exigidos pela Norma CNEN NN 3.01.

DENISE LEVY: Como foi a resposta do público em relação à modalidade virtual para treinamento e retreinamento em proteção radiológica?

PABLO GROSSI: O CDTN tem considerado excelente a resposta do público uma vez que as matrículas registradas aumentaram em 83% em relação ao mesmo período de 2019, e só no último ano 1.553 alunos foram matriculados nos sete cursos EAD de proteção radiológica oferecidos pela instituição. A plataforma do Moodle do CDTN será destinada, de forma inédita, ao retreinamento da comunidade interna e externa do CDTN neste ano de 2021, e também será adotada como principal forma de retreinamento para os anos seguintes. Com a proposta de atender a novas demandas, há previsão de lançamento próximo de mais três cursos na plataforma EAD do CDTN: o curso de registro de pessoas físicas para o preparo, uso e manuseio de fontes radioativas - Certificação AP, com carga horária de 40 horas; o curso para Certificação de Supervisores de Proteção Radiológica CNEN - Prova Geral, de 60 horas; e o curso de Resposta a Emergências Radiológicas com carga horária de 8 horas. É nosso objetivo promover a cultura de segurança nuclear e radiológica e tornar CDTN uma referência para treinamento EAD em proteção radiológica.

Dr. Pablo Andrade Grossi é Doutor e Mestre em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Minas Gerais, graduado em Engenharia Mecânica com ênfase em Mecatrônica pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Pesquisador do CDTN/CNEN na área de proteção radiológica, tecnologia de irradiação gama, propriedades termofísicas de materiais, modelagens estocásticas, dinâmicas, de saída multivariável e aplicações do método de Monte Carlo para avaliação de Incertezas. Dr. Pablo Grossi integra também a diretoria da SBPR, representando a Secretaria Regional de Belo Horizonte.

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Uma entidade técnico-científica para os radioprotecionistas

Fundada em 1986,a Sociedade Brasileira de Proteção Radiológica é uma entidade técnico-científica sem fins lucrativos, filiada a International Radiation Protection Association  (IRPA) e a Federación de Radioprotección de América Latina y el Caribe (FRALC). Sua missão:      

  • Promover o intercâmbio de conhecimentos na área de proteção radiológica e temas afins.
  • Promover a difusão dos critérios de radioproteção no que se refere ao emprego de fontes de radiações ionizantes nas diversas áreas.
  • Promover a difusão de todos os aspectos da proteção radiológica, da segurança nuclear e dos critérios de normatização, não somente no meio científico, técnico e acadêmico, como também na sociedade em geral. 

Conforme estabelecido em assembleia de 08/12/20, a anuidade da SBPR tem redução de 25% para o ano de 2021. A nova  diretoria da SBPR propôs uma redução expressiva no valor da cota associativa uma vez que em 2020 a mesma havia sofrido um reajuste de 100% em relação ao ano anterior (valor para associados efetivos: R$60,00 em 2019 e R$120,00 em 2020). Na referida assembleia, o presidente da SBPR, Dr. Josilto de Aquino explica aos presentes que:

  • Um valor menor de arrecadação seria suficiente para as necessidades financeiras da Sociedade.
  • A SBPR deve visar ações inclusivas para incentivar novos associados, assim como a permanência dos associados ao longo dos anos.

Após deliberação em assembleia, fica instituída a anuidade de R$90,00 para sócios efetivos e R$45,00 para técnicos e estudantes.

Salientamos que a manutenção da SBPR é garantida pelas contribuições dos associados através do pagamento de anuidades e pela dedicação dos membros no fortalecimento da proteção radiológica no país. 

Para renovar sua inscrição, clique em: https://www.sbpr.org.br/conteudo.php?p=renove
Se você deseja se associar, clique em: https://www.sbpr.org.br/conteudo.php?p=associe

O presidente da SBPR, Josilto de Aquino, agradece a todos que contribuíram para a elaboração desta newsletter: Denise Levy, Alfredo Lopes Ferreira Filho e Bernardo Maranhão Dantas.

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