No ano em que o Brasil sediará os jogos olímpicos, a proliferação do Aedes aegypti é foco de atenção internacional. Neste mês de fevereiro, especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica se encontram com autoridades brasileiras para discussão da implementação da Técnica do Inseto Estéril (TIE) para o controle da população do Aedes aegypti em Território Nacional. A técnica já é empregada com sucesso para o controle de pragas agrícolas e demonstra bons resultados como, por exemplo, no caso da mosca-das-frutas.
Atendendo à demanda do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), IPEN e CENA-USP empreendem um projeto conjunto para a implantação da TIE, visando diminuir a proliferação do mosquito e, consequentemente, a incidência das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, chikungunya e zika). A técnica consiste em expor os machos a raios-X ou gama tornando-os estéreis. Os mosquitos criados em laboratório, uma vez liberados no ambiente, competem com os machos selvagens, cruzando com as fêmeas da espécie que se acasalam uma vez na vida e cujos ovos não se desenvolverão. Para a irradiação, serão utilizados equipamento de raios-X modelo RS-2400V e irradiadores gama de Cobalto-60. Para a determinação das doses letais e esterilizantes, serão avaliaddas as viabilidades dos ovos, larvas, pupas e adultos provenientes dos adultos emergidos em cada fase do ciclo evolutivo do inseto irradiado.
Outro estudo, desenvolvido pela Fiocruz Pernambuco e UFPE também está em andamento para um experimento em Fernando de Noronha. Os mosquitos, esterilizados no Irradiador Gammacel do Departamento de Energia Nuclear da UFPE, utilizando Cobalto-60, já começaram a ser liberados no meio-ambiente. A cada liberação, são lançados 3.000 machos estéreis. No estudo observado dentro do laboratório foi verificada redução de 70% da viabilidade dos ovos. Os pesquisadores estão avaliando se o percentual de redução na natureza confirma o percentual observado no laboratório.
A iniciativa do uso da radiação ionizante é uma alternativa para a diminuição da população de insetos sem a utilização de produtos químicos e sem matar outros animais. Esperemos que estas iniciativas contribuam para a informação da população e melhora da aceitação pública acerca da utilização das aplicações pacíficas da tecnologia nuclear no Brasil.
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