Por ocasião da 73ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira a para o Progresso da Ciência (SBPC), foram oferecidos 34 minicursos, cada um com carga horária de 8 horas e certificação. A SBPR ofereceu o curso "Física nuclear básica para jornalistas - emergências radiológicas, o papel do jornalismo científico e a relevância social da Sociedade Brasileira de Proteção Radiológica como sociedade científica independente".
O curso oferecido pela SBPR foi idealizado por Alfredo Lopes Ferreira Filho, diretor da Secretaria Regional do Rio de Janeiro da SBPR. O conteúdo foi desenvolvido em 4 módulos EAD e um módulo de aula em tempo real. Participaram como docentes três profissionais da SBPR: Dr. Alfredo Lopes Ferreira Filho, responsável pela implantação do curso junto à SBPC; Dr. Ricardo Tadeu Lopes, atual membro do Conselho Deliberativo da SBPR e ex-presidente da SBPR, e a Dra. Denise Levy, responsável pela Secretaria de Comunicação Institucional da SBPR.
Para além da qualidade do conteúdo oferecido, o evento representou uma valiosa oportunidade para estabelecer um canal de comunicação entre a SBPR e profissionais da comunicação, que têm como tarefa transmitir informações à população e são formadores de opinião. Efetivamente, na aula de encerramento, que foi ministrada ao vivo, os alunos inscritos manifestaram sua satisfação com o aprendizado, desejo de conhecer mais amplamente o tema e preocupação com a disseminação da informação sobre as ciências nucleares de forma ética, correta e positiva. Este foi um primeiro passo, muito importante, para se estabelecer e fortalecer o diálogo entre a mídia e a proteção radiológica.
Stand for Nuclear Brazil 2021 é uma campanha brasileira de comunicação com o público sobre os benefícios das Ciências e Tecnologias Nucleares. A campanha é promovida pela WiN - Women In Nuclear Brasil e acontecerá entre 05 de agosto e 25 de setembro. O slogan este ano será: “Não temos PLANeta B” e seu objetivo é comunicar a importância do uso da energia nuclear como parte da resposta aos desafios climáticos, energéticos e sociais da contemporaneidade. Devido ao contexto de pandemia, a campanha ocorrerá na modalidade virtual. As atividades terão início com um Workshop sobre Comunicação Nuclear, seguido de uma gincana virtual, por meio das redes sociais, com postagens de conteúdo educativo em linguagem acessível. Confira o cronograma:
De acordo com Danila Dias, presidente da WiN - Women In Nuclear Brasil (e diretora da Secretaria Jovem Radioprotecionista da SBPR) o objetivo é engajar o público jovem e movimentar a comunidade. A SBPR apoia e divulga esta importante iniciativa para suscitar o protagonismo juvenil. Stand for Nuclear Brazil 2021 promoverá a comunicação do conhecimento científico de forma interessante e significativa, incentivando o trabalho colaborativo, uma vez que a inscrição é condicionada ao trabalho em equipe. Ainda que a gincana tenha sido idealizada visando suscitar o protagonismo juvenil, a campanha é aberta ao público e são bem-vindos participantes de todas as faixas etárias. As inscrições já estão abertas no instagram.
Informações e inscrições para o Stand for Nuclear Brazil 2021: https://www.instagram.com/standupfornuclearbrazil/
A nossa Newsletter trará mensalmente entrevistas nas diferentes áreas de interesse para os radioprotecionistas. Em junho convidamos o associado Mario de Boita, a convite do secretário geral da SBPR, João Carlos Videira José (Catalão).
CATALÃO: Em relação à proteção física de fontes radioativas, a seu ver, qual a atual condição das empresas hoje? Qual o impacto da Norma NN 2.06?
MARIO DE BOITA: Em princípio, as empresas licenciadas para trabalharem com fontes radioativas sempre tiveram o máximo cuidado com a segurança física das fontes dentro daquilo que viam como o necessário para atender as normas vigentes de proteção radiológica que tinham e tem embutido nelas itens de segurança física. Mas não tinham essa visão mais ampla de risco como roubo ou sabotagem para fins maléficos com danos para a população e ao meio ambiente. A Norma NN 2.06 veio mostrar esse risco e a necessidade de melhor análise quanto ao local de armazenamento, apresentando princípios básicos e gerais físicos e administrativos para dissuadir e ter uma melhor e mais rápida resposta caso isso venha a ocorrer.
CATALÃO: As empresas já estão preparadas ou há muito a se fazer?
MARIO DE BOITA: As empresas terão que se adaptar a esse novo conceito de segurança física e terão muito o que fazer principalmente com a cultura de segurança desfazendo hábitos já arraigados nos responsáveis pelo manuseio dessas fontes, criar e implementar procedimentos como controle de acesso às áreas de segurança. Terão também que acrescentar alguns procedimentos como barreiras físicas, equipamentos de detecção e alarme de intrusão de pessoas não autorizadas etc.
CATALÃO: Quanto ao custo para adaptação à nova norma, você acredita que vai representar um impacto grande para as empresas em geral?
MARIO DE BOITA: Creio que não. As empresas de grande e médio porte já possuem uma boa segurança física hoje agregada a segurança radiológica e possuem técnico de segurança patrimonial que já zelavam pela segurança física dos equipamentos da empresa. O maior impacto será sobre as empresas de pequeno porte pois realmente terão que fazer investimento mais representativo em relação aos seus resultados operacionais pois terão de implementar controle de acesso às áreas de controle, sistema de detecção e alarme, barreiras físicas etc.
Mario de Boita é supervisor de proteção radiológica atuando em obras da área petroquímica, mecânica estrutural, mecânica pesada, dutos de gás e óleo e papel celulose em todos os modelos e tipos de caldeiras. Responsável pelo gerenciamento de 69 fontes radioativas e 5 aparelhos de RaioX, distribuídos em filais e obras em todo o território nacional em empresa de grande porte, ARCTEST.
Fundada em 1986,a Sociedade Brasileira de Proteção Radiológica é uma entidade técnico-científica sem fins lucrativos, filiada a International Radiation Protection Association (IRPA) e a Federación de Radioprotección de América Latina y el Caribe (FRALC). Sua missão:
Conforme estabelecido em assembleia de 08/12/20, a anuidade da SBPR tem redução de 25% para o ano de 2021. A nova diretoria da SBPR propôs uma redução expressiva no valor da cota associativa uma vez que em 2020 a mesma havia sofrido um reajuste de 100% em relação ao ano anterior (valor para associados efetivos: R$60,00 em 2019 e R$120,00 em 2020). Na referida assembleia, o presidente da SBPR, Dr. Josilto de Aquino explica aos presentes que:
Após deliberação em assembleia, fica instituída a anuidade de R$90,00 para sócios efetivos e R$45,00 para técnicos e estudantes.
Salientamos que a manutenção da SBPR é garantida pelas contribuições dos associados através do pagamento de anuidades e pela dedicação dos membros no fortalecimento da proteção radiológica no país.
Para renovar sua inscrição, clique em: https://www.sbpr.org.br/conteudo.php?p=renove
Se você deseja se associar, clique em: https://www.sbpr.org.br/conteudo.php?p=associe
O presidente da SBPR, Josilto de Aquino, agradece a todos que contribuíram para a elaboração desta newsletter: Denise Levy, Alfredo Lopes Ferreira Filho, João Carlos Videira José (Catalão) e Nivaldo Carlos da Silva.